sábado, 28 de março de 2009

Assim é se lhe parece


Uma outra versão desta frase é: se vc acredita, existe. E eu passei a acreditar que era possível reverter o processo de crescimento do tumor...quando ia pras sessões de quimio, usava uma técnica e, p.ex., visualizava o líquido da quimio como se ele fosse um rio percorrendo o meu corpo, fazendo uma 'faxina' que atingia cada célula; via os nódulos encolhendo e murchando, como uva passa, até que....puf! sumia. Lá pelo 3º ou 4º ciclo sismei que queria fazer um exame que me dissesse o que estava acontecendo; se o tratamento estava surtindo efeito. O médico concordou, meio contrariado, me alertando que nenhuma mudança seria um ótimo resultado; ou seja, se não piorou, tá bom. Eu tinha certeza que tinha acontecido uma redução, eu 'sentia' repuxar encolhendo, e o laudo da tomografia atestou: no nódulo que tinha 2,8 cm e que estava perto do hilo, houve redução quase completa e o outro, com 2,3 cm, reduziu para 1 cm. Quase que eu não cabia dentro de mim, de tanta alegria. Até hoje esta imagem aparece no exame, no mesmo lugar, com 1 centímetro, sugerindo que é algo como uma cicatriz. Concluí todo o tratamento, num total de 12 ciclos, acreditando que a fórmula injetada era para a cura.
Não quero que haja confusão com isto que eu contei. Não acredito na Lei da Atração nem em Pensamento Positivo e similares. Acredito em intenção, em processo e em perseverança. Por causa da intenção, recebi Johrei todos os dias, participei de sessões de cura à distância, procurei estar com aqueles que queriam que eu melhorasse (um dia vou escrever sobre o tema das pessoas ao redor); reforcei a alimentação, procurei me divertir, e preservei minha rotina como mãe, acompanhando os deveres de casa etc; a vida continuava.
Nem sempre a gente consegue ter os melhores pensamentos, manter o otimismo e a esperança. Existem os momentos de medo, de extremo cansaço, tanto físico quanto psicológico, mas isso não atrapalha o tratamento. Esses sentimentos fazem parte do processo de conscientização da "insustentável leveza do ser...", de que não há possibilidade de controle sobre as coisas, e de que há um fim ao qual todos estamos submetidos. Lembro de uma frase pichada no muro alto de uma casa, por onde eu passei todos os dias durante uma época: "Por que o medo, se o fim é a morte?"
Pois é......o que lhe parece?






2 comentários:

Unknown disse...

Oi Virginia,
Estou relendo hoje e me alimentando das suas palavras...vou ficar esperando o texto sobre "pessoas ao redor".
Hoje foi a missa de 7° dia da Monica e tinha gente demais.
bjs Teresa Cristina

Unknown disse...

Oi Virgínia,
recebí via e-mail o novo artigo sobre o exame desta semana.....por favor quero fazer parte dessa festa...coma um hot philadelphia por mim
bjs Teresa Cristina